Date: novembro 10, 2025
A crise climática global continua a afetar de forma desproporcional os Povos Indígenas, as comunidades locais e os Povos Afrodescendentes que estão na linha de frente, particularmente aqueles que defendem a terra, a água e os ecossistemas. Este relatório destaca a necessidade urgente de integrar estratégias de proteção coletiva nas políticas e programas climáticos para garantir a segurança, a autonomia e a resiliência dos defensores do meio ambiente e de suas comunidades.
Com base em estudos de caso, entrevistas e análises de políticas, este relatório destaca como as estruturas climáticas atuais muitas vezes ignoram os riscos enfrentados por ativistas de base, Povos Indígenas e organizações locais. Esses grupos não são apenas vulneráveis aos impactos climáticos, mas também à violência, criminalização e deslocamento devido à sua defesa e gestão dos recursos naturais.
As principais conclusões incluem:
- Os defensores do meio ambiente enfrentam ameaças crescentes relacionadas às indústrias extrativistas, à apropriação de terras e aos esforços militarizados de conservação.
- Abordagens de proteção coletiva — baseadas em estratégias lideradas pela comunidade, redes de solidariedade e empoderamento jurídico — são essenciais para proteger os defensores e amplificar suas vozes.
- Os mecanismos de financiamento e políticas climáticas devem ser reestruturados para priorizar a proteção, a participação e a equidade.
Por meio de exemplos de movimentos de Povos Indígenas, Povos Afrodescendentes e comunidades locais da Reserva da Biosfera Maia na Guatemala, da ilha de Enggano na Indonésia, da região de Bastar na Índia, de Sinangoe na Amazônia equatoriana e da Colômbia, o relatório apresenta as melhores práticas de comunidades que defendem seus territórios e culturas.
https://doi.org/10.53892/TMHQ8167